Mais alguns truques que permitem resolver os pequenos problemas que podem surgir durante o trabalho e consertar alguns erros ou esquecimentos que possam acontecer.
- Para as principiantes que estão tricotando um trabalho formado por dois pedaços idênticos mas ao contrário, escrever novamente a receita, mas invertendo as indicações; isto evitará as hesitações e os erros quanto à localização das diminuições e dos aumentos.
- Para evitar erros numa parada do trabalho, especialmente no caso de motivos ajurados, marcar a carreira correspondente.
- As explicações para um certo modelo são geralmente fornecidas em vários tamanhos. Para facilitar a leitura, cercar de vermelho os números correspondentes ao tamanho escolhido. Isto evitará hesitações e erros possíveis.
- No caso de uma malha listrada em tricô, em vez de cortar os fios no fim das listras, passá-los nas bordas. Na hora de fazer os acabamentos, dissimulá-los nas costuras ou nas bordas, ou fazer com uma agulha de tapeçaria um ponto de chulear por cima da borda, para segurá-los.
- Quando há uma diferença de tonalidade entre dois novelos da mesma cor (lotes diferentes), para evitar a passagem brusca de uma tonalidade para outra, antes do fim de um novelo e antes de começar o seguinte, faça uma carreira da primeira tonalidade, depois uma carreira na segunda tonalidade e assim por diante, durante umas dez carreiras. Os tons alternados misturam-se suavemente.
- Numa malha canelada e listrada, para evitar a formação de uma demarcação na mudança de cor, no direito do trabalho, trabalhar do seguinte modo: na mudança de cor, tricotar a 1.ª carreira da nova cor no direito do trabalho, toda em meia, o que não diminui a elasticidade das barras. Mas esta receita só serve para os trabalhos que têm um direito e um avesso (não para echarpes, naturalmente).
- Para tricotar uma corda (trança) com quatro pontos, para as mais práticas, não é necessário pôr os p. numa agulha auxiliar. Basta passar a agulha pela frente ou por trás dos dois primeiros pontos e tricotar os dois seguintes esticando-os ligeiramente.
- Para formar as cordas (tranças), uma agulha auxiliar é bastante incômoda. Substituí-la por um passa-cadarço, introduzindo-o no trabalho. Ele serve também para contar os pontos.
- Para levantar com facilidade um grande número de pontos (por ex., no caso da borda de um colete), usar uma agulha circular em vez de várias agulhas e tricotar com esta agulha em carreiras de ida e volta.
- Para evitar uma saliência formada por um aumento nas bordas, e principalmente para que estas continuem retas e não se deformem posteriormente, fazer os aumentos a dois ou três pontos da beirada. Por exemplo, a costura duma manga será mais regular, podendo, além disso, ser feita com um grafting vertical.
- Quando as mangas de uma malha são tricotadas uma após a outra, é difícil obter duas mangas idênticas: conseqüentemente, é aconselhável tricotá-las simultaneamente. Numa mesma agulha, montar separadamente cada manga, usando um novelo para cada uma. Tricotar repetindo as mesmas operações em cada uma das mangas.
- Quando se torna necessário deixar pontos à espera (para um decote, por exemplo), passar delicadamente um fio de linha grossa através dos pontos soltos, usando uma agulha de crochê, em vez de deixá-los numa agulha comum. Amarrar as duas pontas sem apertar muito. Deste modo, o embaraço ocasionado por uma agulha suplementar não ocorre mais e os pontos não podem perder-se.
- Quando se vai desmanchar uma parte de um trabalho, é muito mais fácil retomar os pontos soltos com uma agulha de número menor àquele usado para executar a malha.
- Para conseguir uma curva perfeita na barra de um vestido, saia ou casaco tricotado, montar o número necessário de pontos de base, cortar o fio e passar o primeiro terço dos pontos na agulha direita. Tricotar o terço do meio. Virar, depois trabalhar em carreiras de ida e volta, pegando, no fim de cada carreira, um certo número de pontos à espera de cada lado. Repetir esta operação três vezes de cada lado.
- Para reaproveitar a lã de uma malha gasta e limpa, esticá-la sobre um pequeno quadro de madeira ou de cartolina, tipo dobadoura, para formar uma meada que será colocada ou suspensa acima de um recipiente com água fervente (tipo banho-maria, peixeira, ou marmita grande). Deixar o novelo nesta posição até o fio endireitar-se e readquirir todo seu volume inicial. Pode-se também usar uma garrafa grande de plástico, de água mineral ou refrigerante. Enrole a lã em volta da garrafa e encha com água quente. Repita se necessário.
- Para um pequeno conserto numa malha, é necessário ter lã com a mesma cor e textura. Para isso, quando se terminar um trabalho em tricô ou em crochê, inserir nas costuras dos lados e das mangas, se forem compridas, uma ou duas agulhadas de lã. Elas estarão à sua disposição em caso de necessidade, e o que é mais importante, com exatamente a mesma cor que a malha, mesmo sendo levemente desbotada por lavagens repetidas.
- Para consertar ou alongar uma malha tricotada num ponto simples, como ponto meia ou ponto tricô, basta puxar um fio para separar a tira gasta da parte ainda em bom estado. Em seguida, levantar os pontos assim soltos e fazer uma nova barra ou alongar a malha, fazendo o mesmo ponto que foi usado para executá-la.
- Os pulôveres das crianças podem durar mais tempo se se transformarem as mangas compridas, com cotovelos gastos, em mangas curtas. Para isso, basta puxar cuidadosamente um fio na altura desejada para a manga e levantar os pontos da parte superior para formar uma nova borda.
- Muitas vezes, torna-se necessário alongar ou refazer a barra de uma malha de criança. Para que estas reparações se tornem invisíveis, tricotar, ao mesmo tempo que o pulôver, um quadrado em ponto meia (25 x 25 cm), com a lã que sobrou. Pregar nele um botão, que servirá em caso de perda. Cada vez que se lavar a malha, lavar também o quadrado. Deste modo, na hora de usá-lo para o conserto, ele terá exatamente a mesma cor que a malha.
- Para que um mesmo cardigã possa ser usado por uma menina, e depois, no ano seguinte, por um menino (ou vice-versa), aconselhamos prever um abotoamento transformável fazendo casas nas duas frentes. Preparar uma fita de gorgorão, sobre a qual serão costurados os botões, tendo a mesma altura que uma das bordas e cor igual. Esta fita será pregada no lado direito ou esquerdo do cardigã, dependendo de quem vai usá-lo.