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bolsa feltrada - fase II

Eu queria fazer um post beeeem explicadinho, com toda a teoria que envolve o processo, com as fotos organizadas e tudo o mais. Mas, como diz o maridão, o ótimo é inimigo do bom, e é provável que a coisa demorasse tanto a sair que a coisa perdesse a graça. Então, mesmo mal ajanbrado, lá vai o post sobre a minha experiência com a bolsa feltrada.

Em primeiro lugar, funcionou. Esta coisa molenga



Virou esta outra, firminha:

Agora, vamos ao que interessa. Como já disse em posts anteriores, a feltragem só dá certo usando a lã do carneirinho. O que acontece é que a lã é o cabelo do carneiro. E como o nosso cabelo, cada fio é composto por escamas (o que a gente está careca :D de ver nos comerciais de shampoo). Na feltragem, através da abrasão, os fios de cabelo do carneiro, ao serem esfregados, embaraçam, e o resultado é que a coisa toda se enreda e encolhe de um jeito que resulta em um tecido compacto, robusto, a prova d´água e indeformável. (Se for usada água quente, o processo é ainda mais rápido.)

Depois de pronta a bolsa, parti para a técnica mais fácil: usar a máquina de lavar. É importante colocar o trabalho tricotado em uma daquelas sacolinhas com ziper, próprias para lavar roupas delicadas na máquina ou, na falta delas, em uma fronha. De preferência, coloque junto com roupas pesadas para um maior efeito abrasivo. Na minha experiência, bastaram duas lavagens (uma com toalhas e outra com jeans), mas minha máquina tem o recurso da água quente. Se a sua não tem, provavelmente será preciso mais uma ou duas passadas pela máquina. (Eu pretendia descrever aqui a técnica tradicional, feita à mão, com a qual, segundo li, se controla melhor os resultados, mas deixo pra depois que, senão, não publico este post nunca :D)

Depois de se chegar ao resultado desejado, é importante deixar a peça secar numa espécie de molde.No meu caso, usei uma caixa de sapatos (forrada com plástico, por conta da umidade), asim:


O tempo de secagem depende das condições locais. No meu caso, foram preciso dois dias.

Por falta de tempo, não fiz as alças. A bolsa ficou bem pequena, portanto ainda não sei que uso dar a ela. Mas isso vai ter que ficar para depois das festas de fim de ano...

Juro que tirei uma foto macro do 'antes' pra mostrar a diferença, só que já revirei o computador de cabeça para baixo e não acho a dito cuja. Mas, bem, se você faz tricô, deve imaginar como ficou, né? Agora, o 'depois' juro que fica assim:

Nem parece que foi tricotado!

IMPORTANTE: Como era só uma primeira experiência e eu estava sem muita paciência de fazer uma amostra com a lã de que disponho (impaciente, eu? magina...), segui aquela receita, mas garanto que, se você não quiser perder seu trabalho, faça uma amostra, o trabalho de feltragem e compare as diferenças de medida para adaptar a sua receita. No meu caso, a bolsa encolheu hor-ro-res! Perdi (ô novidade) as anotações que tinha feito com as medidas originais, mas sei pelas fotos que, de altura, a bolsa original tinha uns 30 cm; depois de feltrada, 18cm!! Ah, e deveria ter feito uma ou duas carreiras em cordões de tricô. As bordas da bolsa deram uma virada que não houve jeito de consertar. Apesar de não comprometer muito o resultado final, uma borda mais retinha ficaria bem melhor...